segunda-feira, 4 de novembro de 2013

CAXIAS - MA: Igreja de São Benedito

CAXIAS - MA: Igreja de São Benedito: IGREJA DE SÃO BENEDITO Um roteiro imperdível – igrejas seculares Localizada no Centro Histórico de Caxias, na Praça Vespasiano Ramos,...

Igreja de São Benedito

IGREJA DE SÃO BENEDITO
Um roteiro imperdível – igrejas seculares


Localizada no Centro Histórico de Caxias, na Praça Vespasiano Ramos, antigo Largo de São Benedito. Igreja datada do século XIX, é um passeio que não pode ficar de fora em sua visitação à cidade.

Fachada da Igreja de São Benedito
              
Uma curiosidade enorme relacionada à Igreja de São Benedito, é que em 1858, dom Manoel Joaquim da Silveira, denominou Caxias com o título de: “ A Princesa do Sertão Maranhense”.

Igreja sendo decorada para o Festejo de São Benedito,
que este ano ocorreu de 16 a 25 de Agosto

° História
Foi feita uma petição para sua fundação aos 07 de junho de 1803, por ordem do Governador do Bispado, Pe. Dr. João de Bastos Oliveira.
Aos 13 de Agosto de 1803, foi feito o seu patrimônio por Manoel da Silva Pinto. Aos 08 de Maio de 1835 foi criada a Paróquia e em 22 de julho de 1836 foi designada a Igreja de São Benedito.

Praça Vespasiano Ramos, antigo largo de São Benedito
Vespasiano Ramos - poeta caxiense, que morou por muitos anos
nas imediações da Praça.


Quando os “balaios” invadiram Caxias durante a Guerra da Balaiada, muitas pessoas se refugiaram na Igreja de São Benedito, que foi um dos lugares da cidade que os rebeldes pouparam, isso porque lá estavam alguns parentes de um dos chefes do bando. Só, quase 10 anos depois da passagem dos balaios, é que foram recomeçados os serviços da reconstrução da Igreja. Tinha como pároco na época, o padre Julião Soares.


Nave principal da Igreja


Um dos vitrais que decoram a Igreja - Imagem de São Benedito

FESTEJO DE SÃO BENEDITO
Antigamente o Festejo de São Benedito era muito esperado pela sociedade caxiense, pois era cheio de atrações e pompa. Era um grande acontecimento na cidade, acontecia no mês de agosto; os jovens se produziam e marcavam presença nos bingos dançantes; cada dia de festa era uma roupa diferente, principalmente no último dia. 

Altar em formato de gruta


Lápide - antigamente as pessoas compravam pequenos lotes 
na igreja para que fossem ali colocados, pois estariam mais perto de Deus -
tinham um lugar garantido no céu. Um costume na época.

Atualmente o Festejo não tem toda essa pompa, mas continua como era no passado a quermesse, cada noite fica a critério dos noitantes ou seja, os responsáveis pelas noites, são: Associações da Paróquia, Comunidades ligadas à Paróquia, Pastorais, etc.

Detalhe da Igreja


°SÃO BENEDITO
São Benedito – “ O Mouro” – Padroeiro dos Cozinheiros
Nasceu na Sicília, Italia em 1524 e faleceu em Palermo, Itália em 1589. De família pobre, era descendente de escravos oriundos da Etiópia ou em outras versões, dizem que ele era um escravo capturado no norte da África, o que era muito comum no sul da Itália. Nesse caso, ele seria de origem moura e não etíope. De qualquer modo, todos contam que ele tinha o apelido de “mouro” pela cor da pele.

Peças barrocas - articuladas - em tamanho natural
Nossa Senhora das Dores.
As duas peças, fazem parte da Procissão do Encontro na
Semana Santa.


Aos 18 anos já havia decidido consagrar-se ao serviço de Deus, e aos 21 um monge dos irmãos eremitas de São Francisco de Assis. Fez votos de pobreza, obediência e castidade; caminhava descalço pelas ruas e dormia no chão. Era muito procurado pelo povo que desejava ouvir seus conselhos e pedir-lhes orações.

Tela de São Benedito - 


Um dos altares da Igreja -
Santo Antônio

Com 17 anos entre os eremitas, foi designado cozinheiro do convento dos Capuchinhos. Ajudava muita gente que não tinha alimento diário; retirava alguns mantimentos do Convento e escondia-os dentro de suas roupas e levava aos famintos que moravam nas ruas. Conta a tradição, que uma dessas saídas, o novo Superior do Convento o surpreendeu e perguntou: “ Que escondes aí, embaixo de teu manto, irmão Benedito?”, e o santo humildemente respondeu: “ Rosas, meu senhor", e, abrindo o manto, de fato apareceram rosas de grande beleza.

Praça Vespasiano Ramos - parque infantil

São Benedito, fez inúmeros milagres. Um fato curioso na vida de São Benedito, é que ele previu sua morte e pediu que seu corpo fosse enterrado logo.

Local onde ficava o coro da Igreja 
As novenas eram cantadas e acompanhadas pela orquestra " Carimã",
onde tocavam músicas sacras.

A profecia de que era preciso enterrar logo seu corpo, cumpriu-se após o velório, uma multidão invadiu o Convento querendo relíquias ou lembrança do grande santo. Quando seu corpo foi transladado pela primeira vez, exalava sublime perfume, sendo seu corpo encontrado em perfeito estado de conservação.

Detalhe do Relógio da Fachada

Ainda hoje continua conservado e exposto em uma Urna Mortuária para a visitação pública numa Capela lateral da Igreja de Santa Maria em Palermo, Itália.

Fiéis em oração


quarta-feira, 4 de setembro de 2013

CENTRO HISTÓRICO DE CAXIAS - CASAS COLONIAIS - PARTE II



° CENTRO HISTÓRICO DE CAXIAS       
° CASAS COLONIAIS – PARTE II

                As cidades históricas e os núcleos históricos representam as referências urbanas do Brasil. Nelas é possível vivenciar os processos de transformações do país, por meio da preservação de expressões próprias de cada período histórico.

                   Casa Verde - Casarão pertencente ao Coronel Libânio Lôbo - localizado
 ao lado da Igreja da Matriz.


Caxias apesar de ter um Centro Histórico, de ter participado da Independência do Brasil e da Guerra da Balaiada, não tem um estilo arquitetônico muito definido. Suas ruas conservam singelos monumentos históricos e casarões, hoje transformados, em sua maioria em restaurantes, lanchonetes e lojas que são puro charme. Misturando o antigo com o moderno e o resultado é surpreendente.

                  Casarão localizado na Rua 1º de Agosto - detalhe da fachada


O acervo que Caxias ainda mantém de casarões coloniais refletem a vida dos colonizadores portugueses, que chegavam em nossa cidade.
            Os casarões necessitam constantemente de manutenção e muitos estão visivelmente deteriorando.

 Casarão do Comendador Alderico Silva - (Seu Dá) - localizado à Rua 
1ª de Agosto.




A proteção é uma das ações mais importantes quando tratamos do patrimônio histórico da cidade. Proteger um bem cultural, significa impedir que ele desapareça, mantendo-o preservado para as gerações futuras.

 Casarão localizado na Praça de São Benedito - pertenceu ao Sr. Erval - antigo comerciante - hoje divido entre os herdeiros - as cores vivas da fachada é um charme a mais.


Em Caxias, percebe-se muitas transformações no estilo arquitetônico da cidade, que antes tinha características neoclássica; a infraestrutura urbana já está mudando de contexto; a cidade está se verticalizando e criando novos espaços, enriquecendo mais a paisagem com essas transformações, pois estão surgindo condomínios e edifícios de apartamentos.


 Casarão localizado atrás da Igreja da Matriz - este casarão pertenceu a Dr. Aquiles Cruz - médico, um dos fundadores do Ginásio Caxiense.  Hoje funciona o Serviço Social do Comércio (SESC).



Caxias atrai visitantes não só para conhecer a história de pompa e riqueza, cujo testemunhos, são os belos monumentos, as belas igrejas, belos casarões, mas também para desfrutar das inúmeras belezas naturais como a Veneza, Reserva do Inhamum, Ponte, etc.

                       Casarão pertencente ao Sr. João Lôbo - funcionou por muitos anos a loja " A Matoense" - hoje lojas, escritórios e lanchonete.



° Casarão da Família Lôbo
          Estilo colonial, datado do século XIX. Localizado na Praça da Matriz, atrás da Igreja, no Centro Histórico. Esse casarão desde que construído, foi como ponto comercial na parte de baixo e residência encima. Os proprietários procuram conservar o estilo original de época. São remanescentes do coronel Libânio Lobo, 1º prefeito de Caxias.

                        Casarão da Família Castelo - fachada original


° Casarão da Família Castelo
          Casa centenária, em estilo colonial. Localizada na Pça Thales Ribeiro (antigo Largo de Santa Luzia) no Centro Histórico da cidade. Pertencente a antigos proprietários de engenho e donos de muitos escravos. A residência da sede, foi construída para receber a mais seleta sociedade da época. A mobília da casa tem mais de 200 anos. Como símbolo de famílias abastadas, a casa possui uma Capela de “Santa Luzia” com peças barrocas autênticas, piso em pedras de cantaria vindas de Portugal.

                                    Mobília original datada do século XIX 


                               Imagem de Santa Luzia - uma peça do período barroco


                             Capela em louvor à Santa Luzia - faz parte do casarão da família Castelo


                                  Luminárias que decoram a Capela de Santa Luzia


° Palacio Episcopal
          Residência oficial do Bispo de Caxias, situado na Praça Magalhães de Almeida no Centro Histórico da Cidade, ao lado da Catedral de Nossa Senhora dos Remédios. Prédio datado do início do século XX, estilo colonial, ainda conserva toda sua estrutura original da época. Feito para sediar a casa do Bispo – 1º Bispo D. Luís Marelim. Hoje a residência do Bispo Dom Vilson Basso.

                                        Palácio episcopal - estilo colonial


                                     Vista noturna do Palácio Episcopal



° Casarão onde funciona a Secretaria de Saúde
      Foi uma antiga usina chamada Chames Aboud SA Comercio e Indústria. A fábrica de propriedade de um turco, que trouxe uma filial para Caxias, pois a matriz ficava em São Luís. Era beneficiadora de arroz, babaçu e plumas de algodão. Na década de 60, a usina foi completamente destruída por um incêndio; tornaram a reconstrui-la, mas os prejuízos foram enormes e por volta de 1962, faliu.
       Estilo colonial, conserva sua antiga estrutura. Nesse casarão já funcionou a Biblioteca Pública Municipal e a Cimec. Hoje funciona a Secretaria Municipal de Saúde. O casarão está localizado à Rua Aarão Reis, no Centro Histórico, próximo ao Cassino Caxiense.





                                Casarão datado do século XX conserva sua antiga estrutura