segunda-feira, 8 de abril de 2013

Ruínas da Guerra da Balaiada


° ACERVO CULTURAL E HISTÓRICO
° PALCO DE GUERRAS  - RUÍNAS DA GUERRA DA BALAIADA
° História e Cultura misturam-se ao dia a dia do caxiense
° Caxias – Princesa do Sertão Maranhense

                   Caxias, cidade que exala poesia, berço do poeta Gonçalves Dias. Terra dos Balaios e Bem-te-vis, onde cantam os sabiás. Lugar de encanto e tradições culturais.” 
                
                                       Ruínas do Forte da Balaiada

O visitante que vem a Caxias, não pode deixar de ir às Ruínas da Guerra da Balaiada, pois é um local onde o velho e o novo, a história e o presente, misturam-se com o dia-a-dia de seus habitantes. Localizada no Morro do Alecrim, que é um mirante natural de Caxias, com aproximadamente 66m acima do nível do mar, onde o visitante tem uma visão de quase 30º da cidade, podendo colher fotos que valem a viagem e onde o pôr do sol é um espetáculo imperdível.

                                                      Pôr do Sol  nas Ruínas

° Morro do Alecrim - Local apropriado para meditação, contemplação, cultura e história, pois em seu topo encontram-se as Ruínas do Forte datada de 1840, o Memorial da Balaiada, a Praça Duque de Caxias, a UEMA ( Universidade Estadual do Maranhão ), Observatório de Meteorologia – Estação Climatológica ( Instituto Nacional de Meteorologia – 2º Distrito), Tiro de Guerra ( Exército Brasileiro ), barzinhos, clube, escolas, algumas residências e uma vista espetacular



Imagem noturna das Ruínas da Guerra da Balaiada


Imagem noturna dos líderes da Guerra da Balaiada


Imagem noturna das Ruínas da Guerra da Balaiada


Com essa iluminação, as Ruínas ficaram um charme!!
Caxias aderiu ao Outubro Rosa.

Ruínas em outro ângulo 







                                  Via que dá acesso ao Morro do Alecrim - Centro Histórico


                                                                                    Vista Parcial da Cidade


Ruínas do Forte da Guerra

Anteriormente, foi denominado de: Morro das Tabocas, Morro da Pedreira; segundo os mais antigos, muitas lendas estão ligadas a ele, como: a lenda das almas iluminadas, e a lenda da pedra que cuspia fogo e outras.

UEMA - Universidade Estadual do Maranhão




Ruínas em outro ângulo



° Ruínas do Forte - Símbolo de Caxias, as Ruínas do Forte da Guerra da Balaiada é uma das poucas fortificações em terra construídas no Brasil, cujos vestígios ainda se encontram aparentes. Embora pouco discernível aos olhos menos treinados. O delineamento de suas estruturas ainda pode ser percebido; tombado pelo IPHAN no MA em 1990.






Ruínas integrada aos jardins do Memorial da Balaiada



Da atual estrutura, não se percebe toda a dimensão do Forte, feito em pedra de calcário e cal; formato retangular, com uma porta principal grande com 12 janelas frontais e 12 nas laterais com 2 portas. A ação humana somada ao desgaste natural  aceleraram violentamente a erosão comprometendo o estado de conservação deste importante monumento nacional.


Ruínas - presente e passado - cercada de residências

Acontecimentos Históricos: Guerras

° Em 1823 - Um dos fatos marcantes na Evolução de Caxias, foi a luta pela Adesão à Independência do Brasil. Caxias foi foco de resistência, quando tropas comandadas pelo militar Major Salvador Cardoso de Oliveira e João da Costa Alecrim, combateram as tropas comandadas pelo militar português João José da Cunha Fidié; onde o major encontrava-se resistindo à Independência.


Praça Duque de Caxias
Homenagem da Cidade de Caxias ao Patrono do Exército Brasileiro.
Canhões que participaram ativamente da Guerra da Balaiada.

Em 1º de agosto de 1823 foi assinado o Auto de Juramento à Independência do Brasil em frente à Igreja da Matriz de Nossa Senhora da Conceição e São José. Daí a mudança do nome do Morro, uma homenagem a esse major.


                                           Praça Duque de Caxias vista de  outro ângulo
          Duque de Caxias foi Presidente da Província do Maranhão e Comandante das Armas


° Em 1839 – Em função de sua localização estratégica, em relação à cidade e ao Rio Itapecuru, o Morro do Alecrim foi local de destaque durante a revolta da Balaiada no cerco de Caxias e nos sangrentos acontecimentos posteriores até o estabelecimento do controle militar pelas forças governistas sob o comando de Luís Alves de Lima e Silva, futuro Duque de Caxias.


                                                             Tiro de Guerra de Caxias - Exército Brasileiro

               Títulos nobiliárquicos:
- Barão de Caxias – 18 de Julho de 1841
- Marquês de Caxias – 20 de Junho de 1852
- Duque de Caxias – 23 de Março de 1869
- Em 1962 –  Governo Federal  o proclamou “ Patrono do Exército Brasileiro”



Vista do Memorial da Balaiada

 ° Em 1840 – Edificação do quartel militar no Morro do Alecrim para via comarcas de Caxias e Pastos Bons. Hoje devido às escavações foi recuperada sua planta original exposta no Memorial da Balaiada.


                                             Vista noturna do Memorial da Balaiada


° Cosme Bento das Chagas – O líder “Negro Cosme”. Natural da Vila Sobral, província do Ceará, morador de Olho D’Água da Vila Rosário. Foi um guerreiro que sonhava libertar seu povo de todo regime opressor, ergueu bem alto um sonho novo da nação quilombola negra, intitulava-se o “ Defensor da Liberdade”, reuniu mais de três mil escravos da luta chamada por ele de “ Guerra da Lei da Liberdade Republicana”. 
                               O Negro Cosme encontra-se nos jardins do Memorial da Balaiada.



° Em 1838 – 1841 – A Guerra da Balaiada – Conflito popular, que ocorreu no Maranhão entre 1838 a 1841, provocado pela instabilidade política e por problemas sociais e econômicos que afetaram diretamente a população pobre. Em 1839, Caxias foi tomada pelos balaios, deixando marcas visíveis de um passado que ressalta os contrastes da sociedade da época.


° Lívio Lopes Castelo Branco e Silva – Natural do Piauí, era membro do partido liberal ( Bem-te-vi) liderava os oficiais e soldados desertores da Guarda Nacional, políticos e juízes de paz. Arregimentou um reforço rebelde de 800 homens para participar do cerco à cidade de Caxias, quando da sua ocupação em 1º de julho de 1839.
                              A estátua de Lívio Lopes encontra-se nos jardins do Memorial da Balaiada.



                                     ° Raimundo Gomes Vieira“O Cara Preta” – Chefe do grupo de vaqueiros que, em 13 de dezembro de 1838, tomou de assalto a Cadeia da Vila da Manga ( hoje cidade de Nina Rodrigues-MA). Era capataz do fazendeiro Pe. Inácio Mendes de Moraes, vigário da Freguesia de Ararí, no Baixo Mearim.

                                           Jardins do Memorial da Balaiada.




Imagem noturna dos líderes da Guerra da Balaiada



                                                Canhão da Guerra da Balaiada

A revolução tomou o nome de Balaiada, porque Balaio era o apelido de um de seus principais líderes, Francisco dos Anjos Ferreira. Ele era um fabricante de balaios, e fora vítima de violência policial, que havia violentado duas de suas filhas, sem que houvesse punição nenhuma. Em desejo de vingança se uniu a outros insatisfeitos. Logo a Balaiada se dividiu em 3 frentes, invadindo cidades e feitorias, multiplicando-se com apoio de vaqueiros, artesãos, desertores das forças armadas, escravos fugitivos e sertanejos humildes. A ideia de revolta agrada também liberais das camadas medias, como o fazendeiro Lívio Lopes.
                        A Balaiada foi uma das mais sangrentas insurreições populares do Império,  e Caxias, foi o olho desse  furação. 
             Personagens que participaram da Guerra da Balaiada nos jardins do Memorial

Os rebeldes exigiram basicamente cargos administrativos, anistia aos combatentes, fim do recrutamento e melhor distribuição das terras. Apesar disso, os conservadores, mantiveram a mesma estrutura social que os favorecia.
Luís Alves de Lima e Silva, que foi nomeado comandante das armas e presidente da província do Maranhão; partiu para acabar a Balaiada com 8 mil homens, com dinheiro e muito material bélico à sua disposição, sufocando a Guerra.



° Memorial da Balaiada –  Cercado por belos jardins , o visitante pode conhecer um pouco mais da história da cidade, através de seu acervo formado através de escavações arqueológicas realizada em 1997 e doações. Compõem-se de um Museu – Escola e um Centro de Documentação. Com o objetivo de preservar a memória escrita e oral da Balaiada ( 1838 – 1841 ) em Caxias, além de contribuir para a construção de significados impressos na memória da cidade.


° Painel de Entrada do Museu - Caxias, retratada no período de 1839 a 1840 durante a Guerra da Balaiada pelo artista caxiense José Arnaldo, em 2004.  No painel se percebe o Morro do Alecrim com uma densa floresta; o rio Itapecuru canoas com armamentos, pólvoras em caixotes;  nas ruas vaqueiros, sertanejos, escravos, mestiços, comerciantes simpatizantes com o movimento; cenas de entrega de armas.

                                                        Armas - Acervo do Museu

                
                                   

° Caldeirão de Ferro – do século XIX – Fazenda dos Nunes – Caldeirão de ferro de fabricação inglesa. ( Edwin Mex Liverpool – 1851 ) – que servia para fazer alimentação dos escravos – Acervo do Memorial da Balaiada.

                                        Azulejaria portuguesa data dos séculos  XIX e XX


                                    Caboclo fazendo balaio - Memorial da Balaiada

Horário de Funcionamento: Matutino - 9:00 a 12:00 h e Vespertino - 15:00 às 19:00 h
Telefone para Agendamento : (99) 3521-0053







7 comentários:

  1. Amiga Letícia,como sempre você tem ideias maravilhosas,o seu blog contempla a história e a beleza desse lugar, como sugestão gostaria de ver a Veneza e um pouco da história dos moradores que lá residem desde o seu início.
    Um xero querida,da sua admiradora Marlene

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    1. Oi Marlene! Adorei saber que você gostou dessa postagem, foi muito interessante fazer essa matéria.
      Gostei de sua sugestão sobre a Veneza, acho que é uma boa abordagem.
      Beijos.
      Letícia

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    2. não só a veneza mas a maria do rosário muitas opções .

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    3. ficou muito da hora sua matéria principalmente a parte histórica da cidade sua pesquisa as fotos ficaram de mas .Parabens.

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    4. Oi Rony, que legal você ter gostado de ver nossa cidade em meu blog, espero que goste das novas postagens. É uma boa sugestão mostrar a Maria do Rosário, Abs!!!

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  2. ME ORGULHO DE DIZER QUE SOU CAXIENSE CAXIAS MA É DMAIS .

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    1. Também me orgulho de ser caxiense; Caxias é linda!!! continue vendo nossas postagens, pois tem muitas matérias legais. Beijos!!!!

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